terça-feira, 4 de maio de 2010

Contexto Brasileiro

32 comentários:

  1. o contexto e a conjuntura em que o Brasil se encontra atualmente, pontuando principalmente as contradições e as permanências que se criaram durante toda a História do Brasil e que se mantêm até hoje. Daremos ênfase às estruturas econômicas e como o Brasil se insere e é inserido no sistema capitalista mundial.

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  2. A formação do Brasil: o atraso para modernidade
    Neste capítulo são apresentados os fatores que influenciaram os primeiros séculos do Brasil, isto é, o Brasil colonial e monárquico. As colônias portuguesas na América faziam parte do sistema mercantilista, ao qual elas serviam tão-somente para a extração de matérias-primas e assim houve os conhecidos ciclos econômicos – primeiro do açúcar, depois do ouro e por ultimo do café. Tudo isso baseado na mão-de-obra escrava, em um primeiro momento indígena, para depois observarmos uma predominância de escravos africanos, instituindo-se assim uma comercialização mundial de mão-de-obra, que, no período da colonização americana, vai forçar milhões de pessoas para fora da África.
    Essa situação muda com a Revolução Industrial iniciada na Grã-Bretanha, em que as colônias passam a ser não só fonte de matéria-prima, mas também mercado consumidor de produtos industrializados. Nesse sentido, os ingleses apóiam movimentos de libertação das colônias ibéricas, para que se possa negociar sem o intermédio das metrópoles. Nesse contexto, observamos o processo de independência política no Brasil, iniciada em 1808, com a chegada da família real e concluída com a declaração de independência por D. Pedro, filho do rei português, criando dessa forma a única monarquia do continente americano.

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  3. A Modernização do Brasil
    No segundo capítulo, observamos que o Brasil era independente politicamente, mas economicamente era atrasado, pois mantinha instituições obsoletas, como o escravismo e sua indústria era quase inexistente. Por isso, ainda dependíamos principalmente da Inglaterra. No entanto, essa situação começou a mudar no fim do século XIX. O escravismo foi abolido concomitantemente à chegada de imigrantes provindos da Europa, a monarquia foi substituída pela República e o processo de industrialização se acelerou. Mesmo com a industrialização, o Brasil ainda era um país agroexportador, apoiando-se principalmente no café paulista e mineiro. Essa situação chega a um fim brusco com o início da recessão americana em 1929, que levou a produção de café brasileira a falência. Dessa forma o capital ganho no café se transfere para a indústria, e o processo de industrialização brasileira se acelera ainda mais.
    Nesse contexto, surge Getulio Vargas, que vai se mostrar um digno representante de um fenômeno político comum a toda América Latina: o populismo. Ele chega ao poder em 1930, funda o Estado Novo em 1937 e durante seu governo vemos uma política com certas semelhanças com os regimes fascistas: autoritarismo, culto a figura do líder e nacionalismo. Auto-intitulando-se “o Pai dos Pobres”, Vargas criou uma série de medidas de proteção social ao trabalhador, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o salário-mínimo, além de criar várias empresas estatais em áreas estratégicas. A ditadura Vargas durou até 1945, quando foi implantada uma democracia no Brasil. Entretanto, a herança varguista de políticas populistas, desenvolvimentistas e nacionalistas perdurou. O melhor exemplo disso é o governo de Juscelino Kubitschek, que, com seu mote “50 anos em 5”, fez uma série de reformas infra-estruturais no Brasil a custo do crescimento da inflação e aumento da dívida externa.

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  4. O Brasil entre dois Mundos
    A herança perdurará por ainda mais tempo, e disso nos ocuparemos no terceiro capítulo, enfocando regime militar iniciado em 1964 com o objetivo de exorcizar o Brasil do “perigo comunista”. A partir do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o planeta ficou dividido em dois blocos político-ideológicos: o comunista (liderado pela União Soviética) e o capitalista (liderado pelos Estados Unidos). Os americanos tinham um cuidado especial com a América Latina, pois desde a ascensão de Fidel Castro ao poder em Cuba (1959) os Estados Unidos ficaram muito ciosos em relação a qualquer movimento político ou personalidade que aparentasse ser simpático ao comunismo – e para os militares e os americanos João Goulart o era. Então, em 1964, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco tomou a presidência. A partir daquele ano foi editada uma série de Atos Institucionais que aboliram quase toda instituição democrática do Brasil tinha. Com a justificativa do combate ao comunismo, durante o regime militar muitas consideradas perigosas para a ordem então instituída foram presas, torturadas e mesmo.

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  5. Já no campo econômico, os militares continuaram a política desenvolvimentista anterior, concentrando-se em melhorar a infra-estrutura nacional através das empresas estatais. No entanto, essas grandes obras também agravaram problemas econômicos já existentes, como a inflação e a dívida externa.
    O regime militar entrou em crise nos anos de 1980, ao mesmo tempo em que o Bloco Comunista começou a mostrar sinais de crise, assim havendo maiores pressões para redemocratização do Brasil.

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  6. Cidadania Moderna e Movimentos Sociais
    Neste capítulo, apresenta a formação da cidadania como nós a conhecemos. A base inicial foi, no século XVII, a Revolução Inglesa e, no século XVIII, as revoluções Americana e Francesa. No entanto cada um desses passos da construção da cidadania deixou de fora, sem desfrutar de direitos, as camadas que estão na base da pirâmide social.
    Já no Brasil, a construção da cidadania deu um passo importante com a Constituição de 1988, a chamada Constituição Cidadã, que garantiu plenos direitos a todos os brasileiros. Porém, herança extremamente desigual presente na sociedade brasileira torna difícil de se concretizarem as idéias igualitárias da Constituição, pois os benefícios das leis atingem apenas os que já são privilegiados.

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  7. O Brasil das Urnas
    Reservamos este capítulo para tratar especificamente do fenômeno das eleições. A Constituição de 1988 garantiu a eleição direta para presidente da República e o eleito, com uma plataforma com permanências populistas associadas com novos elementos como os ideais neoliberais e o uso intensivo da mídia, foi Fernando Collor de Mello. A economia na época da posse estava afundada na recessão e em inflação galopante. Na tentativa de solucionar esses problemas, Collor tomou algumas medidas impopulares – o confisco das cadernetas de poupança foi uma delas. O primeiro governo depois da redemocratização terminou de maneira muito diferente do seu início triunfante: foi descoberto pela mídia um esquema corrupto em que o presidente era um dos beneficiários. O resultado disso foi o afastamento dele da presidência em 1992, sendo substituído pelo vice-presidente Itamar Franco. O governo Itamar, que deveria ser de transição, foi muito popular, pois conseguiu derrotar o maior problema econômico do Brasil (a inflação) com o Plano Real. Assim, sob a popularidade do sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso, ministro da Fazenda de Itamar, elegeu-se presidente da República. Em seu duplo governo de oito anos, Fernando Henrique governou sob uma plataforma dita neoliberal, privatizando estatais e tentando diminuir o Estado. Seu sucessor, eleito em 2001, foi Luiz Inácio Lula da Silva. Líder Sindical que fundou o maior partido de esquerda do Brasil, o Partido dos Trabalhadores, foi candidato em todas as eleições brasileiras desde a redemocratização, sempre com uma plataforma mais radical, criticando duramente as elites econômicas e o neoliberalismo, sempre conseguindo ser o segundo mais votado. No entanto, para ser eleito, Lula mudou seu discurso, aliando-se com antigos oponentes políticos e garantindo que manteria a política econômica. Governando desde 2002, ele manteve uma grande popularidade apesar de escândalos políticos como o do Mensalão, envolvendo o primeiro escalão de seu governo.

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  8. O Brasil e o Contexto Internacional
    Com a queda da União Soviética e o fim da “ameaça comunista”, observamos o início de uma nova ordem mundial, um mundo liderado por uma só potência, os Estados Unidos, que se esforçam para a criação de um grande mercado global que permita a circulação de mercadorias, informações e pessoas por todo o mundo – a chamada Globalização. É isso que discutimos me nosso último capítulo.

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  9. Atividade
    A Formação do Brasil


    Pontuar a permanência, no Brasil atual, de certos tipos de sociabilidade em relação à população de ascendência africana que venham desde a época colonial, como o preconceito, na maior parte das vezes velado por expressões populares ou piadas “inocentes”. Fazer paralelo com o que aconteceu nos Estados Unidos, como o preconceito aberto e a segregação racial.

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  10. Observar como os ciclos econômicos do Brasil o fizeram dependente de potências estrangeiras, com uma posição econômica frágil, pois a sustentação da economia em apenas um produto deixava o país à mercê das altas e baixas do mercado mundial.
    .produzir um texto escolhendo um dos ciclos econômicos (pau-brasil, açúcar, café etc.) e como ele se insere em um contexto mundial.

    Responder a atividade?

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  11. Observar como a monocultura do café transformou a região Sudeste na região mais industrializada do Brasil.

    a relação entre o ciclo do café e a industrialização do Sudeste Brasileiro, principalmente São Paulo.

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  12. Qual a resposta da atividade acima?

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  13. O Brasil entre Dois Mundos

    Compreender a inserção do Brasil no cenário político internacional do final da Guerra Fria.

    O Brasil no contexto internacional do fim dos anos 1980, explicando como o fim da ditadura entra na lógica de eventos dessa época.

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  14. Qual a resposta da atividade acima?

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  15. Permitir que os alunos observem o caráter autoritário da ditadura em sua intervenções cotidianas – desde a educação moral e cívica ministrada nas escolas com o objetivo de militarizar a educação, até as prisões e desaparecimentos políticos.
    A partir de informações adquiridas em leituras, filmes etc., os alunos devem discutir em sala sobre como a ditadura militar (1964-1985) influenciava o dia-a-dia das pessoas comuns.

    Qual a resposta da atividade?

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  16. Cidadania Moderna e Movimentos Sociais

    Observar a cidadania com um processo histórico em construção.

    Observando o processo de desenvolvimento da cidadania da Revolução Inglesa (século XVII) até a Constituição Brasileira (1988), vemos que a inserção das camadas populares foi um processo lento e até hoje incompleto. Discuta essa problemática em sala e depois discorra sobre isso.

    Responda a Atividade.

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  17. Compreender o contexto mundial que começou a se construir após a queda do Bloco Comunista.
    Em 1991, o presidente americano George Bush (pai) anunciou uma “Nova Ordem Mundial” – um mundo sem barreiras, voltado para o bem-estar da humanidade. Em pequenos grupos, os alunos devem discutir como o mundo se transformou desde aqueles anos, observando se e como os objetivos anunciados pelo presidente dos Estados Unidos foram alcançados.

    Qual a resposta da Atividada?

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  18. O Brasil das Urnas

    Compreender o fatalismo presente na sociedade brasileira atual por conta dos seguidos escândalos de corrupção.

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  19. Compreender o fatalismo presente na sociedade brasileira atual por conta dos seguidos escândalos de corrupção.
    .comparar a reação da sociedade diante de dois escândalos de corrupção: o caso PC Farias, que por fim derrubou Fernando Collor do cargo presidencial; e a do Mensalão, durante o primeiro governo do Lula. Fazendo esse comparativo, eles devem discutir os prováveis motivos para as reações terem sido tão diferentes em uma situação e na outra.

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Compreender historicamente a luta do Brasil com a Inflação, desde o momento mais crítico, no início da década de 1990, até o controle a longo prazo com a criação do Plano Real.Como a inflação (o maior problema econômico rasileiro durante muitos anos) foi combatida por cada um dos presidentes eleitos diretamente na Nova República.

    Responda a atividade.

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  22. .O Brasil e o Contexto Internacional
    Relacionar a imigração dos países pobres para os países ricos como uma das facetas da atual globalização.
    Qual a relação entre a imigração de pessoas de países pobre para os ricos como uma das facetas da atual globalização.

    Responda a atividade

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  23. compreensão do panorama mundial depois dos ataques de 11 de setembro.

    11 de setembro de 2001 simbolizam o início de uma nova época nas relações internacionais. A discussão deve envolver quais foram as mudanças no cenário internacional e depois da discussão alguns alunos devem expor o que observamos de relevante no contexto mundial desde então.

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  24. Textos Complementares

    TEXTOS COMPLEMENTARES

    TEXTO 1 - Esta terra, Senhor

    (CAMINHA, 2008)

    Extrato da carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal para anunciar a descoberta do Brasil (1500).

    Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem 20 ou 25 léguas de costa. Traz ao longo do mar em algumas partes grandes barreiras, umas vermelhas, e outras brancas; e a terra de cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredos – terra que nos parecia muito extensa.
    Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!
    Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!
    E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta Vossa terra vi. E se a um pouco alonguei, Ela me perdoe. Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez pôr assim pelo miúdo.
    E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro – o que d’Ela receberei em muita mercê.
    Beijo as mãos de Vossa Alteza.
    Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz,
    hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.

    CAMINHA, Pero Vaz. A carta. Disponível em: . Acesso em 16 jun. 2008.

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  25. TEXTO 2 - A Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas

    (VARGAS, 2008)

    Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
    Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
    Não querem que o povo seja independente. Assumi o governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
    Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
    Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
    E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.
    Rio de Janeiro, 23/08/54
    Getúlio Vargas)

    VARGAS, Getúlio. A Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas! Disponível em: . Acesso em 16 de jun. 2008.

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  26. (1 partes) TEXTO 3 - Dez anos que mudaram o Brasil e o planeta

    (DEL PRIORE, 2008, p. 62-65)

    Numa primeira mirada, o Brasil ou o mundo não são um todo. É a diversidade que os caracteriza. Pessoas e comunidades interagem e se cruzam, cooperam e se afrontam. As singularidades estão cada vez mais destacadas nas imagens televisuais ou nos estudos científicos. A escolha aqui será o de apontar alguns aspectos destas singularidades nos últimos dez anos de uma época. Permanências e rupturas, o convívio do velho com o novo acabam por modelar distintos momentos da história.
    Ao final dos anos 1980 nasce uma palavra: mundialização ou globalização. Ela se impõe no início dos anos 1990 para designar muitas realidades embutidas. A constituição de um planeta geofinanceiro talvez seja seu aspecto mais espetacular. Uma de suas conseqüências é a formação de bolhas especulativas e o surgimento de crises financeiras que deram compasso à vida dos mercados (Ásia em 1998, Rússia e Brasil em 1998, naufrágio do Nasdaq em 2002).
    Empresas multinacionais são outra faceta deste sistema. O fenômeno não é novo, mas as múltiplas operações de concentração e de fusão ou aquisições nos setores da comunicação, dos bancos, automotivo ou da eletrônica conhecem um florescimento fenomenal. A mundialização transforma a economia global em outros aspectos, também: abre os ex-países comunistas para o capitalismo, acelera o crescimento do comércio mundial, faz desabrochar os mercados emergentes.
    Irrompe um fato novo na história da evolução técnica: a invenção da web e o início da expansão da Internet. Nasce um sétimo continente, feito de redes de comunicação, capazes de gerar e diminuir as desigualdades de informação. Como pano de fundo, alguns pontos importantes: em 1998, tem início o boom do telefone celular e no ano seguinte, nasce o euro, moeda da recém-criada União Européia. A OLP reconhece o direito à existência de Israel, a Otan intervém no Kosovo e, quando da conferência de Seattle, ocorre a primeira manifestação antimundialização Em 1.º de janeiro de 2000, se espera o bug do milênio que não chega. Discute-se, ainda, o fim do trabalho, a precariedade dos empregos e a criação de um terceiro setor capaz de animar uma economia cooperativa e associativa.

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  27. (2 parte - continuação)TEXTO 3 - Dez anos que mudaram o Brasil e o planeta


    Nova ordem internacional, mundialização, revolução tecnológica, transformação de tradições, culturas e da vida cotidiana se conjugam indicando novos desafios. Enquanto isto, em 1998, o governo Fernando Henrique Cardoso chega ao fim. Nele, sob a bandeira do Plano Real, da eficiência administrativa e da reforma do Estado, o país mudou. Ficam para trás a recessão e o clima de descrédito frente a políticas antiinflacionárias e idéias bizarras de matar tigres com um tiro só.
    [...]
    Velhos problemas continuam. O desmatamento da Amazônia é um deles. Sonho do paraíso perdido, mito da natureza virgem, a floresta tropical úmida introduz um dos temas mais caros às relações internacionais: o dos bens planetários. Analistas lançam gritos de alerta, assinalando que a imensa biodiversidade da Amazônia já emite os primeiros sinais de fadiga. Atacados por todos os lados, os milhões de espécies de pássaros, peixes, mamíferos, insetos e principalmente de plantas correm risco real. O Ibama começa a identificar os maiores desmatadores. Dez deles devastam, sozinhos, em um ano, uma área de cerca de 270 quilômetros quadrados, cerca de 2% do total de floresta destruída. Motosserras e fogo trabalham, sem cessar, todos os meses do ano. A luta – acusam os ambientalistas – era desigual porque justamente onde a consciência ecológica é mais necessária, na própria Amazônia, ela é mais rarefeita. Políticos, fiscais corruptos, grandes fazendeiros manipulam a opinião pública local para defender as práticas atrasadas da pecuária extensiva. A pergunta que se faz, então, segue atual: nossos bisnetos verão algumas árvores?
    [...]
    Os primeiros anos do século trouxeram mudanças para o país, mas também para o mundo. O fatídico 11 de setembro de 2001, com a queda das Torres Gêmeas, destruídas por terroristas em Nova York sinalizam a consolidação de uma agenda realista para George W. Bush. Ele moderniza as Forças Armadas e define, de maneira unilateral, o interesse nacional americano. O terrível atentado demonstra a vulnerabilidade dos Estados Unidos, abrindo uma via para a doutrina da “guerra preventiva” sobre a qual repousa, até hoje, a luta no Iraque. Uma de suas

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  28. (3 parte - continuação)TEXTO 3 - Dez anos que mudaram o Brasil e o planeta

    Uma de suas principais conseqüências é o reforço da autoridade presidencial e o ideário neoconservador aos olhos do qual é essencial para os Estados Unidos impedir a emergência de qualquer outra superpotência, neutralizando ameaças, antes mesmo que elas apareçam. Contudo, o unilateralismo do império americano robustece o sentimento de injustiça e de inveja das periferias dominadas. Isto o impede de regular conflitos pacificamente, trazendo sombras para o futuro do Ocidente. Guerras identitárias ligadas à decomposição de Estados em Ruanda, Kosovo ou Congo continuam a fazer milhares de mártires anônimos.
    Assiste-se a mudanças impressionantes do outro lado do mundo. A China, um universo em marcha, aparece no horizonte como um país de contrastes e potencialidades unificadas por um regime. Soma colossal de interrogações nos planos da economia e da geopolítica, ela se inscreve num lento processo de integração ao mundo ocidental. Mas graças às suas capacidades econômicas e políticas, ela pode, simultaneamente, dizer-lhe não. Já na Índia, a maior democracia do mundo, o que seria um problema é hoje um vetor de democracia: as castas. Longamente discutido, o problema merecia uma solução e a obtém. Longe de melhorar a condição socioeconômica de uma população por meio de quotas, um projeto estabelecido em 1990 lhes deu a possibilidade de gozar de uma parte do poder político e da administração governamental. Seu nome: empowerment. Esta revolução silenciosa se traduz por uma presença cada vez maior das classes desfavorecidas no espaço público. A casta não é mais vista como o elemento de um dispositivo hierárquico, mas como um grupo de pressão capaz de defender seus interesses na arena política. Este sistema reforçou a democracia indiana, pois a politização das classes mais baixas alargou sua base social.

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  29. Nesta década de globalização, a densidade populacional da Ásia, bem como seus fenomenais progressos transformaram definitivamente estes e outros países da região. Num movimento em pinça, eles se tornaram, ao mesmo tempo os maiores fornecedores e os mais rápidos consumidores do mundo. Por um lado, e graças à terceirização das indústrias ocidentais, produzem de tudo: de componentes microscópicos de computador a coloridos enfeites de Natal. Por outro, passaram a consumir com apetite de ogro os produtos agrícolas que atestam a melhoria de seus níveis de vida. Já o Brasil tem que enterrar muitas permanências e investir sobretudo em mudanças – na educação, na saúde, no meio-ambiente – para ombrear com estes gigantes. Inúmeros outros conflitos que agitam o planeta nos interpelam diariamente através da mídia. A sociedade e as interações entre os indivíduos são estruturadas por redes culturais, políticas e transnacionais cada vez mais rápidas. Por meio delas aprendemos que existe muito além da dominação do império americano ou da barbárie terrorista. Que a instrumentalização das tradições religiosas ou étnicas e os conflitos fundados sobre a radicalização das identidades não resumem a diversidade do mundo. Ao contrário. Este regurgita também de inovações e de criações, de trocas. Se as tensões estão em todas as partes, o desenvolvimento, as transformações e as mudanças também estão presentes. É preciso reconhecê-las e encorajá-las. Refletir sobre os últimos dez anos no Brasil e no mundo pode parecer suficiente. Mas seria melhor se o fizéssemos para sermos úteis, reduzindo, por pouco que fosse, o sofrimento de nossos semelhantes.

    DEL PRIORE, Mary. Dez anos que mudaram o Brasil e o planeta. Época, n. 523, 26 maio 2008, p. 62-65.

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  30. SIMULADO PARA ESTUDO

    1) AS MEDIDAS DE CORTE NOS ORÇAMENTOS DOS PAÍSES E O ABANDONO DE
    POLÍTICAS SOCIAIS E DE PROTEÇÃO AO TRABALHO PROPOSTAS PELOS
    NEOLIBERAIS
    provocado mudanças nas sociedades de todos os continentes. Que mudanças são essas?
    A) As sociedades se tornaram mais humanas e solidárias com a globalização.
    B) O corte dos recursos da área social, nos países em desenvolvimento, foi acompanhado por um
    aumento substancial do salário dos trabalhadores.
    C) As sociedades do mundo inteiro têm sofrido com aumento do desemprego e da criminalidade,
    que atinge principalmente os jovens.
    D) As sociedades não sofreram qualquer mudança entre suas populações, os ricos continuam ricos
    e os pobres continuam sendo amparados pelo governo.
    30/11/2009 19:08

    2) QUAL O NOME DO PERÍODO MARCADO, ENTRE OUTROS ASPECTOS, PELAS INTENSAS
    ATUAÇÕES DE ARTISTAS E INTELECTUAIS,
    que descortinam novas perspectivas estéticas, filosóficas e científicas provocando a reflexão do
    homem sobre ele próprio, sua realidade, o mundo e sua natureza, Deus e a religião, que
    identifica o final da Idade Média e início da Idade Moderna?
    A) Renascimento.
    B) Antiguidade.
    C) Pós-moderno.
    D) Feudalismo.

    3) UM DOS INDICADORES DAS SOCIEDADES MODERNAS CAPITALISTAS É A
    CONCENTRAÇÃO DEMOGRÁFICA DE SUA POPULAÇÃO NAS ZONAS URBANAS EM
    CONTRAPOSIÇÃO
    ao esvaziamento das zonas rurais. No caso do Brasil, em qual década isso ocorre?
    A) 1880.
    B) 1960.
    C) 1930.
    D) 1890.

    4) A OFERTA DE CAPITAL NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS, DESTINANDO-SE AO
    INVESTIMENTO EM MERCADOS COM POTENCIAL DE CRESCIMENTO;
    expansão do mercado consumidor interno, com linhas de crédito e maior oferta de produtos
    industriais; e o aumento das exportações com novos produtos industriais, são características de
    qual fenômeno que marcou o final da década de 1960 e início de 1970 na economia brasileira?
    A) O Pacote de Abril.
    B) O PAEG.
    C) O milagre econômico.
    D) O New Deal.
    30/11/2009 19:08

    5) A ERA VARGAS É RESPONSÁVEL POR CONSTRUIR A IDENTIDADE NACIONAL AO
    REPRESENTAR O CONJUNTO DAS AÇÕES QUE MAIS AVANÇARAM O
    DESENVOLVIMENTO DO BRASIL
    em direção ao moderno capitalismo industrial. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que
    está associada a esse fato.
    A) Exportação de café.
    B) Exportação de borracha.
    C) Carteira de Trabalho e Previdência Social.
    D) Indústria automobilística.

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